quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Poema atrasado

Já não sei do que sou capaz.
Já não conheço a minha força.
Preciso de não me ver...

De não me sentir!

Noites claras, que dou por mim,
Dão comigo por baixo da cama
À procura do escuro que traz a minha ausência a mim próprio,
Mas que nunca chega
Por sentir o chão frio,
O corpo desconfortável
E o coração em chamas.

Se não estás, meu amor, eu não quero estar comigo.
Se te vais, meu amor, teu cheiro fica.
Se não vens, meu amor, teu cheiro chega.

Tua pele fugiu-me dos lábios.
Deixei em ti um beijo que ainda sinto.
Hoje vejo o beijo com o tal fogo do meu peito.

Meu amor, teus lábios são
Um vale
Onde meus se perdiam.
Teu cabelo é um rio onde eu afogava as minhas mãos.
Teu corpo é um multiverso.

O teu amor, meu amor, hoje seria
O meu fato de astronauta

E a velocidade da luz em mim.Mas onde está o teu amor, meu amor?

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